Primeiro dia de trabalho em uma metrópole.
Depois de algumas passagens rápidas, uma simulação, um curso e um passeio turístico com visita acidental à Cracolândia, mudei-me para São Paulo.
Para entrar no clima, nada como enfrenrar15° de cara, duas horas de trajeto e metrô abarrotado.
Estou em Sampa, meu!
Chegando ao prédio que conhecera na entrevista apenas uma semana antes, conferi o andar da empresa e fui com minha empolgação de primeiro dia para o elevador.
“É o 12° e tinha o nome no outro espaço. Então, 12° e 13°. Eu desço no de cima que eu não tenho certeza pra qual tenho que ir. É melhor descer que subir escadas.”
Jogo do único erro:
Conte comigo: 11, 12, 14!
Reza a lenda dos proletários do edifício que o dono/construtor do edifício é judeu.
No judaísmo, 13 é a idade na qual o jovem se torna bar-mitzvá, entrando, assim, na maioridade religiosa. Treze também são os princípios de "Fé Judaica" elaborados por Maimônides no seu "Comentário sobre Mishná" e transformados em "Pyiut" (poema litúrgico), no hino "Higdal" em 1404. No judaísmo o 13 não significa o fim, mas sim a transformação, o renascimento.
“Se é uma coisa boa, então por que não tem o diacho do andar?”
No fim das contas, acho que é superstição de brasileiro mesmo. Pode até ser herança dos estadunidenses. Na terra do Tio Sam tem dessas coisas...
Em alguns prédios em São Paulo (asssim como nos States) 13º existe, mas é identificado como 14°. Além do local onde tenho passado pelo menos 8 horas dos meus dias, alguns prédios que também são supersticiosos são o edifício do Banco Safra na Avenida Paulista, de 1988, e a Torre Norte do Centro Empresarial Nações Unidas, inaugurada em 1999 na Marginal Pinheiros.